Produção

2012 - Todos os direitos reservados - Gerson Conrad & Trupi.
Produção/ Edição - Rosane Olivieri.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um pouco da História... Agosto de 1974.





A perturbadora ascensão do Secos e Molhados

"No inicio de dezembro, mais de 6 mil pessoas disputaram com um ardor que justificou a presença de um choque da Polícia Militar os 700 lugares do pequeno, desconfortável mas prestigioso teatro Teresa Raquel, no Rio, para presenciar em duas rápidas sessões o nascimento da mais nova estrela do show business e da indústria fonográfica brasileira: o grupo paulista Secos e Molhados.
Um mês depois, deixando atrás de si o rastro de 450 mil cópias de seu LP vendidas e 70 apresentações de casa cheia no teatro Treze de Maio (São Paulo), a estrela parece em via de se firmar definitivamente em céus turbulentos que, até agora, só comportaram carreiras como a de Roberto Carlos...
... Secos e Molhados se formou em torno e por causa de João Ricardo, o português de traços finos, barba alourada e gestos largos que pinta a cara metade de azul, metade de rosa (masculino-e-feminino)? No palco, sua figura praticamente desaparece: limita-se a dar grandes saltos, alguns bastante desajeitados, e empunhar um violão que nem sempre toca.
As mãos, o rosto e a voz dos Secos e Molhados são Gerson Conrad (21 anos, violões e vocal) e Ney Matogrosso (32 anos, vocal). Ney, voz, pele, elemento de choque, certamente é a imagem que todos guardam do grupo...
... Contrastando com uma certa aparência frágil dos outros dois, Gerson Conrad é escuro, largo e tem uns bigodes espessos que assumem um ar estranho sob a maquilagem azulada que lhe cobre o rosto, embaixo do turbante. Tão quieto e calado, dentro como fora do palco, a ele cabe a verdadeira construção musical de Secos e Molhados..."





Trechos do Livro SECOS & MOLHADOS (Nórdica)
Ana Maria Bahiana / Dirceu Brisola (Opinião)


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